Na primeira edição da obra Nós, Ciborgues, a autora permitiu ao leitor acompanhar temáticas de paradigmas opostos, levantadas ainda no período de realização de sua tese de doutorado, e que suscitaram o debate homem/máquina. Temas dicotômicos, como natureza x cultura, filosofia x arte x ciência, subjetividade x objetividade, perpassam os assuntos centrais da primeira obra. Nesse aspecto, Fátima Regis já apontava caminhos para o refinamento dos sentidos humanos como um dos elementos e maiores desafios a serem perseguidos pela máquina.
Já a atual 2ª edição amplia e atualiza esse universo de humanização da máquina, de forma a considerar os actantes (Teoria Ator-Rede de Bruno Latour) como elementos que podem fugir à subjetividade, quando se pensa nos autômatos e nas formas de manifestação dos bots, da programação e da inteligência artificial no universo contemporâneo da cultura digital.