Este trabalho parte da premissa de que não é correta a visão que considera que os Estados nacionais tendem a desaparecer após a queda dos Welfare States e o surgimento do neoliberalismo como política de Estado; em vez disso, vemos um cenário se formando em que os Estados continuam no centro da arena política e econômica internacional. Assim, o eixo que articula a obra como um todo situa-se na perspectiva da análise dos “sistemas-mundo”, que concebe os movimentos migratórios dentro de um todo articulado por relações de produção globalizadas subsumidas por aparatos estatais que respondem a interesses. o Norte Global. O resultado dessa perspectiva compartilhada é um livro que põe sobre a mesa a análise de determinadas políticas estatais, que só são compreendidas no contexto da análise das relações interestatais regionais, continentais ou mundiais. Ao longo desta compilação, vários pontos comuns podem ser encontrados entre todos os textos, como as diferenças econômicas entre centros e periferias que geram movimentos migratórios extensos de países de baixa renda para países com melhores condições de vida, bem como respostas progressivamente mais agressivas. os países receptores frente a esses fluxos migratórios globais e as práticas de resistência que derivam desse estado de coisas, tudo enquadrado em discussões de diferentes latitudes que dão conta das tendências da migração internacional no século XXI.