Este livro tem como objetivo demonstrar a diversidade vitivinícola da província de Entre Rios, República Argentina, por meio de um tour por suas regiões, com o intuito de transmitir a paixão que a vitinicultura despertou nos imigrantes provenientes de diversos países europeus na segunda metade do século XIX.
Foi assim que nasceu o vinho entrerriano degustado em família, com as cepas dos seus locais de origem, de heranças italianas, francesas, suíças, espanholas e alemãs.
Entre Ríos foi o quarto produtor de vinho do país, entre 1907 e 1920, quando a produção de videiras diminuiu devido ao ataque devastador da lagosta. Chegada a década de 1930 e com ela a crise mundial, a economia do nosso país foi seriamente afetada. A produção nacional de vinho superou a demanda.
A Lei nº 12.355 do ano de 1936 estabeleceu cotas de extirpação para Mendoza, San Juan, Rio Negro e também ao resto das províncias. Em Entre Rios, mais de 5% das videiras plantadas foram removidas arbitrariamente. A medida afetou os pequenos produtores, que resistiram ao poder da polícia, quando viram vinhedos e tonéis extirpados.
Em 1991, a Lei nº 24.307 ordenou a liberação da produção, comercialização e todos os tipos de cotas e bloqueios no país. Por esta razão, foi liberado o plantio, replantio e modificação de vinhedos no território da Nação, assim como a colheita da uva e sua destinação para a indústria. Foi o retorno dos vinhedos e adegas a Entre Rios.