Inscrito nos estudos da teoria do protesto social e da ação coletiva, este livro investiga o movimento social surgido em Tehuipango, Veracruz, México, de 1966 a 1982, quando ali se exercia um autogoverno contra o poder dos caciques políticos locais. Participaram ativamente jovens, um conselho de idosos e grupos regionais de esquerda. Suas reivindicações eram a autonomia cultural, os direitos sociais e a reivindicação da territorialidade étnica. Por fim, esse movimento foi reprimido em maio de 1980. Pouco explorado pela historiografia regional, esse movimento é importante no âmbito nacional e internacional porque, como aqui se mostra, a questão da autodeterminação é colocada como princípio de direito dos povos originários. A matança de Tehuipango. Movimento social e repressão na Serra de Zongolica, 1966-1982 nos convida a repensar as formas particulares de participação cidadã nas decisões públicas e nos faz ver como os processos regionais de luta e resistência social estão moldando a democratização no estado de Veracruz.