Depois do apagão tecnológico e do despertar digital, como o professor e pesquisador Jorge Andrés Cruz Silva apropriadamente intitulou este livro, o jornalismo está mais vivo do que nunca, embora não seja menos verdade que muitas ameaças estão pairando sobre ele. Num cenário mundial marcado pela desinformação, com um terreno fértil muito favorável à propaganda e outras técnicas de comunicação jurídica que nada têm a ver com o “melhor trabalho do mundo”, o jornalismo digital requer vitaminas que o fortaleçam nas complexas sociedades atuais, por isso que não desiste de suas tarefas essenciais. Para manter o papel central que o jornalismo digital tem nas sociedades atuais, a mídia precisa aprimorar os mecanismos e técnicas para conhecer bem seus públicos e atender às suas demandas e necessidades. Os usos e o consumo da informação mudaram radicalmente no terceiro milênio e os meios de comunicação nem sempre conseguiram reter suas audiências porque tiveram problemas para entender o comportamento das audiências em geral e as suas em particular. As métricas se tornaram um pesadelo para muitos jornalistas, que acham difícil envolver o público de maneira adequada por meio de diferentes estratégias de colaboração, que vão desde a participação até diferentes formas de cocriação.