Os colonos chegaram com seus costumes e tradições, e esse acervo cultural foi enriquecido com a nova vida nesses territórios. Quando os trabalhos de desmatamento das selvas começaram e o colono enfrentou a floresta tropical, uma rica mitologia popular nasceu; as tertúlias noturnas ao redor da fogueira permitiram a criação de mitos, histórias de espantos e lendas que surgiram de fatos reais, mas apareceram envoltos com a roupagem da fantasia popular.
Além disso, os colonos viajaram com sua ideologia religiosa e política e com sua própria mitologia. Novos mitos e versões deles enriqueceram o que havia sido trazido pelos colonos e se misturaram ao que já existia nas áreas que eles estavam colonizando: nas comunidades indígenas de Supía, Riosucio, Quinchía e Anserma; na zona mineira de Marmato; na região negra de Guamal; nos enclaves negros do Vale Risaralda e nos territórios segregados de Antioquia, Tolima e Cauca. Deste modo surgiu uma cultura mais rica e complexa.
Esta miscigenação produzida durante os períodos de ocupação do espaço, ajudou no processo identitário da região e como resultado, brotaram particularidades que nos fazem diferentes e que por sua vez enriquecem o nacional.